Sports on acid

Revista virtual do Movimento Pós Contemporaneo

26.5.06

Era uma vez um jovem idealista que como muitos outros [jovens idealistas], sonhava em mudar o mundo. Porém, este jovem idealista era especial, muito especial. Mais especial que os outros muitíssimos especiais dentre os mais seletos (em termos de especialidade) dentre os jovens idealistas.

Embora jovem (carajo, acabei de ter 2 deja-vus seguidos... o segundo enquanto eu escrevia "carajo, tive 1 deja vu", o que me fez voltar e alterar o número para dois, sendo assim mais acurado) ... voltando:

Embora jovem, este era um idealista [jovem!] de bases sólidas e planos precisos. Ele havia de fato descoberto uma manera fazível, feesable, realizável, praticavel... enfim, un concrete chemin pour changer le monde. E ao contrário das outras maneiras até então descobertas (por pessoas que não eram nem jovens e tampouco eram idealistas), esta mudaria o curso das coisas pra melhor.

Este era o único interesse, a suprema missão da alma gloriosa do menina Sidartinha de Jesus, nascido no catumbi, raised in Água Santa e atual residente da esquina da rua Height com a Ashbury em San Francisco, California. Porém, curiosamente, o rapaz não dominava o idioma derivado do anglo-saxão... comunicava-se apenas com sua ternura e seus olhos sinceros.

Enfim, ele escrevera um livro (em esperanto, para que o "mundo todo pudesse le-lo") mas que curiosamente era titulado em francês:

UN CONCRETE CHEMIN POUR CHANGER LE MONDE (de une fois pour touts.)

e estava a caminho de publica-lo quando ao passar por uma esquina encontrou um velho senhor que aparentava ser um mendigo que havia adormecido sentado. Sua barba branca tocava-lhe o peito desnudo bem entre os dois mamilos perfurados, cercados de tatuagens já gastas indecifráveis... a própria vida do velho se escondinha por entre as dobras e manchas de sua pele. Tais pedintes não eram incomuns naquelas redondezas e Sidartinha de Jesus abaixou-se e colocou 100 doláres (100 doláres!!) em uma cartola que se encontrava na frente do velho, de olhos fechados.

Ao se aproximar, Sidartinha de Jesus [future reference: SdJ] houviu um chiado baixo que parecia vir de dentro da cabeça do senhor... era um mantra, um mantra poderoso. "Então este senhor não está adormecido! Está em profundíssimo estado de meditação" pensou para si mesmo contente, com aquela ternura inesgotável, quase meio tchola, que tinha Sidartinha de Jesus. Porém no segundo seguinte, quando SdJ ainda se encontrava a menos de um palmo da cabeça do mendigo monge iluminado velho doidão, este escancarou os olhos e gritou:

PLATYPUS! PLATYPUS!

Mas já era tarde, Sidartinha de Jesus, que não falava inglês e portando não entendeu o aviso, sendo pego totalmente desapercebido pelo golpe selvagem da ferroada venenosa do ornitorrinco que o emboscara. Seu corpo rapidamente foi ao chão e o selvagem ornitorrinco bicou a cabeça de nosso herói em um frenesi sanguinario até que pouco sobrasse dela enquanto o visionário mendigo balançava-se pra frente e pra trás com uma expressão vazia no olhar

- platypus... platypus... platypus...


Dizem que ainda se pode ouvir o lamento do velho nas noites de lua cheia nas ruas de San Francisco... e ver um show com os fantasmas dos integrantes do Greatful Dead e aos sábados, talvez, a Janis Joplin.

Quanto ao livro, dizem que o velho ainda o guarda, a salvação da humanidade, escrita numa lingua que ninguém sabe falar.





6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Digno de nota

4:28 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

doidaço

4:13 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

caralho, re-li pela primeira vez! Quanto erro, quanto erro!!!!

vou garibar essa porra depois

1:57 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Gostei do novo template

4:35 da tarde  
Blogger Sports On Acid said...

Erros nada cara, a parada eh revolucionar a gramatica no pos contemporaneo!

1:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Revolucionar a gramatica era ideia do pos-moderno e ficou, digamos, uma merda

7:38 da tarde  

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