sobre a lei de murphy
Estava sentado no sofá, matando aula, quando me deparo com algo tremendamente inusitado na tv. Se tratava de uma entrevista com um físico russo, Mikhail Mendeleiev, onde este contava a experiência de ter feito uma pesquisa em parceria com o francês Albert Michelet sobre a tão famosa Lei de Murphy. Entretanto, não se tratava de uma pesquisa qualquer. Os físicos faziam experimentos empíricos, ou seja, eles simulavam e analisavam inúmeras situações cotidianas onde a Lei de Murphy costuma se aplicar. O resultado, no entanto, foi bizarro. Em nenhum dos experimentos a Lei se fez presente. Tal fato acabou por gerar fortes discordâncias entre os dois cérebros da pesquisa, e, não sendo possível superar as divergências, a equipe de pesquisadores se dividiu em duas: uma tutelada por Mendeleiev, a outra por Michelet.
Observando que a razão da divisão da equipe estava um tanto vaga, a repórter pergunta ao russo o que havia causado tamanha discórdia. Mendeleiev diz que se tratou apenas das diferentes hipóteses boladas - uma por ele e outra pelo francês - para explicar o resultado até então absurdo do experimento, e que não havia, portanto, como continuarem sendo da mesma equipe, uma vez que cada um passaria a pesquisar de acordo com sua respectiva hipótese a fim de criar uma teoria.
Agora a parte mais interessante.
Teoria de Albert Michelet
Para Michelet o resultado da pesquisa se deveu simplificadamente, a aplicação da Lei de Murphy nela mesma, já que, quando uma primeira Lei de Murphy ia entrar em ação fazendo com que a situação desse errado para a cobaia do experimento, uma segunda Lei de Murphy agia em cima da primeira e anulava seu efeito. Contudo, após alguns anos estudando sua hipótese, o francês chegou à conclusão que, na verdade, a Lei de Murphy se aplica incontáveis vezes entre o momento de sua ativação e o exato instante anterior a sua efetivação ou não efetivação.
Imaginemos uma situação onde um molequito, saindo do colégio, avista o ônibus que ele pega pra voltar pra casa se locomovendo vagarosamente ao deixar o ponto. E que sua distancia em relação ao veiculo é de aproximadamente 25 metros. No momento que a informação de seu ônibus indo embora chega a seu cérebro e, molequito, então, começa a correr desesperadamente, a Lei de Murphy se ativa varias vezes numa velocidade inimaginável até parar exatamente no instante anterior a ele ter se ferrado (perdido o ônibus) ou se dado bem (pego o ônibus).
Podemos concluir então que: caso a Lei de Murphy se ative um numero par de vezes nesse intervalo de tempo, molequito vai pegar o ônibus, visto que toda Lei que visa se efetivar em relação a molequito terá outra para desativá-la; se o numero de ativações for impar, por outro lado, molequito vai se dar mal, pois uma Lei vai se efetivar em relação a ele.
Teoria de Mikhail Mendeleiev ou teoria de choques entre leis de Murphy
Para Mendeleiev a pesquisa apresentou resultados contrários aos esperados porque quando os experimentos estavam sendo feitos, a Lei de Murphy que estava aplicada a ele se sobrepôs àquela que estava agindo sobre a cobaia. Portanto, a situação na qual ele estava inserido é que tomou o rumo errado. O que ocorreu foi um choque entre a Lei de Murphy que se focava nele e a que se focava na cobaia, pois elas representavam situações antagônicas. Se o experimento desse certo a cobaia se dava mal e o físico se dava bem, portanto, a Lei de Murphy da cobaia se sobreporia a do físico. O que ocorreu, entretanto, foi o oposto. A Lei aplicada sobre o pesquisador se sobrepôs a da cobaia e, por conseguinte, o experimento não foi o esperado.
Um bom exemplo seria o do molequito da situação anterior. Porém, agora terá uma Lei de Murphy agindo sobre ele e outra sobre o motorista do ônibus simultaneamente. Pressupondo que o motorista é escroto e quer ir embora sem o passageiro (no caso molequito) e que molequito quer pegar o ônibus, as duas leis de Murphy entram em choque e uma terá de se sobrepor à outra. Se molequito pegar o ônibus a lei atuante sobre o motorista é a “vencedora”. Caso contrário, ou seja, se molequito perder o ônibus, a lei atuante sobre molequito vence e se sobrepõe a do motorista.
A teoria de Mendeleiev revolucionou a forma de se olhar para a física. Alguns autores e pesquisadores posteriores utilizam sua teoria de choque das leis de Murphy para compreender a realidade. Muitos químicos da atualidade consideram que os modelos microatômicos não se aplicam a muitas descobertas recentes e lutam para que crie-se um modelo de interrelação atômica baseado na teoria de Mendeleiev. Astrofísicos da atualidade acham que o modelo mendeleieviano também é o mais adequado para compreender a relação entre os microastros.
3 Comments:
A teoria do Mend é muito melhor. Só faltou acrescentar que a senhora murphy é mais esperta que todo mundo junto. Entao ela vai analisar a situacao em quem vai se foder mais. Por exemplo, no caso dela favorecer o molequito e desfavorecer o pesquisador, o molequito pega o onibus e o pesquisador fica pobre. Caso contrario, o molequito perde um onibus (logo depois ele pega outro) e o pesquisador fica rico e conhecido (o que pra ele é bem melhor do que pro molequito pegar um onibus)!
Mas lady murphy nao é tao simplista assim. Tanto é que os dois aconteceram. O molequito pegou o onibus e os pesquisadores ficaram ricos e conhecidos porque formularam teorias acerca do nao-funcionamento de suas experiencias. PARADOXO?
Claro que nao. Os pesquisadores ficarem ricos por uma experiencia tao estupida fez milhares e milhoes de leitores mundo afora perderem os seus tempos vendo esse programa de tv, lendo esse post e redigindo este comment gigantesco, o que fez a humanidade, de modo geral, se fuder mais (ja que a gente estaria produzindo alguma coisa neste tempo inutil que nao merda).
O frances eh um malandrao isso sim!
Caracoles! eu vi esse programa!
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