Modernismo Etílico
1ª Fase (ou Fase Rodrigo de Freitas) – Tal como acontecera no modernismo, esta primeira fase etílica se resumia a querer chocar, quebrar o status quo vigente, ou como preferiria o porteiro argentino do Pinto “Tocar a Anarquia”. A galera subia naquele brinquedão da lagoa virando a garrafa de vodka quente recém-comprada da Sendas (que toda sexta a noite era obrigada a ouvir indignados mancebos de 15 anos falando “como assim eu sou menor idade?) e que ainda descia toda fracionada (tinha aqueles medidores toscos), eternizando o sofrimento dessa geração. Nesta época, o Rei Cornélio I já começava a demonstrar os primeiros sinais de insanidade, correndo e gritando em volta da gangorra. Surgem os primeiros porres antológicos associados, é claro, com as primeiras ressacas antológicas do dia seguinte, quase que inerentes ao velho papo do “eu nunca mais bebo na minha vida ... (RAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL) ... Juro ... (RAUUUUUUUUUUUUUUUL)”.
“Semana de Arte Moderna” – O movimento etílico não teve um momento bem demarcado, como uma semana, mas dezenas de festas de 15 anos, regadas a Teacher´s bem vagabundo, que satisfazia a ânsia por loucura da molecada.
Monteiro Lobato – A melhor personificação para o nosso Monteiro Lobato seria, talvez, o Noorótico. Este personagem ímpar do folclore da Lagoa (e mais posteriormente Baixo Gávea) cortava a onda da galera (ou não!) com papos bíblicos entre urros incompreensíveis.
Declínio – O declínio dessa fase se deve ao próprio declínio da Lagoa e ao aumento da resistência (e inteligência) de quem já não suportava mais beber mili-goles de vodka quente.
2ª Fase (Fase copão de cachaça, copo de coca e 1 halls) – A segunda fase foi sacramentada por nosso cronista real Pedro Cornélio, o maior expoente desta geração. A vodka deixa de ser a bebida preferencial, desbancada pela cachaça (pirassa ou ypioca), de melhor custo/benefício. Similar ao que ocorreu no modernismo brasileiro, esta foi uma fase de intensa introspecção: Introspecção frente aquele copo bem-servido, com dose dupla (e até tripla!) de cachaça e o pensamento “Será que vai?” até a corajosa tomada de decisão, e a matada triunfal frente aos seus companheiros, sem nem deixar uma gota pro santo dentro do copo. BG, simpatia, Kosmos, entre outros botecos bem xexelentos são os locais de culto e o limite era o coma alcoólico (ou não né tchelo). A sede, até então timidamente freqüentada na primeira fase, começa a ganhar cada vez mais importância. São desta época os conceitos fundamentais de “Feedback”, “Podrão” e a manobra “dedo na goela”. A lapa também começa a ganhar importância, assim como uma das grandes vertentes dessa época, “Os cantineiros da serra”. Os porres se sucedem e o velho ato de auto-enganação muda de postura “eu nunca mais bebo tanto na minha vida ... (RAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL) ... Juro ... (RAUUUUUUUUUUUUUUUL)”.
3ªFase (Individualização) – A principal característica desta fase, que surge junto com o final do ensino médio e inicio de faculdade é a ascensão da cerveja. Nesta geração, cada um cria suas próprias peculiaridades no modo de beber. Há quem não consiga esquecer a 2ªfase, assim como surgem diversas vertentes, como o Vinho, a Tequila liberada com o cartão dos outros e a maior delas, que é a “Liga pro Pires”. Começa-se a privilegiar um pouco a qualidade no meio de tanta quantidade. Porres são também mais individuais, já em casa, mas ainda pode ocorrer no sofá de outrem. A frase muda novamente “Só mais um gole (RAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUL) ... Vamo la, essa é a saidera ... (RAUUUUUUUUUUUUUUUL)”.
A sede é então batizada como sede e promove eventos criativos como a cerveja de sexta, ou a cerveja de sábado ou a cerveja de domingo, ou até a cerveja em dia útil, dependendo da vermitude de cada um.
5 Comments:
sim! muito foda!
há sempre aqueles que nadam contra a corrente
MTO BOM!
Esse eh o tipo de post engraçado q nao eh desnecessario ao blog!
tem pinto de post do Juba
Ja conversei sobre essas fases com o juba eo coco, só nao sei quem postou...
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