Amarelinha
Era um jogo de amarelinha fácil de jogar. A cada pulo num pé ou outro que esbarrava numa linha evitava-se pisar no quadrado com a pedra e as coisas chegavam ao céu na cadencia indeterminada do tempo estranho da infância. Tudo se repetia tanto anos depois e não era surpresa que as pedras e casas não se pulavam mais de pé em pé, mas de mergulho em mergulho. E nesse outro instante quando pés sozinhos descalços no giz e no asfalto eram uma diminuição quase essencial para que se pudesse entender o que se passava, nesse momento de intenso existir. De maneira pouco sutil determinávamos o nosso futuro com a inconseqüência de uma criança.
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